Eles querem meu dinheiro mesmo, colocaram até uma criança negra pra fazer a propaganda! Já é melhor que o Luciano Huck, menos mal.
Coisa que não dá pra entender é comercial de banco, de plano
de saúde, de financiadora, de plano funeral. Acho que os publicitários que
antes eram responsáveis pelos comerciais de margarina estão migrando para
outros nichos. Eu levanto essa suspeita a partir do comercial do Activia, por
exemplo. Como uma pessoa que sofre de prisão de ventre pode estar tão alegre?
Se fosse eu, no lugar dela, já teria matado uns dez, porque meu mau-humor vem
acompanhado de um instinto assassino. Mas isso não vem ao caso. Voltando ao
assunto, como pode um banco, por exemplo, ter a ousadia de povoar seus
comerciais com gente feliz? Eles baseiam a existência deles em te deixar mais
pobre (ou mais pobre do que você já é, no meu caso e da maioria de vocês), e eu
vou ficar contente com isso? Prefiro que me deem umas chibatadas, deve ser mais
gostoso.
Mas não são só os bancos que tem seguido essa receita. Como
eu já disse, outros abutres modernos, como planos de saúde e financiadoras,
apelam para pessoas completamente felizes por terem feito pacto com o diabo,
digo, de usarem tais serviços. Você se endivida (e já nem sabe porque pegou o
maldito do dinheiro emprestado), mas ta contente por ter encontrado uma
financiadora que te acolheu em um momento de aperto. Sinto muito, meu caro, você
não viveu um momento de aperto, você nasceu pobre e não sabe gastar o seu
dinheiro, caso contrário você não precisaria pegar emprestado, desculpa aê. Eu
sei, é claro que eles maqueiam (e muito) o produto deles. Mas beira a
fanfarronice, convenhamos. Ou você nunca reparou os comerciais de plano
funerário? Um céu azul ao fundo, com nuvenzinhas brancas e tudo, com pessoas
dando seu testemunho de como o serviço foi bom numa hora difícil e tudo o mais
(isso sem consultar a opinião do morto, maior interessado no serviço, uma injustiça). Na boa, eu nunca poderia ser publicitário
de um troço desses, meu comercial ia ficar restrito a uma frase: “deixa com a
gente que cuidamos do presunto, ele não vai voltar pra reclamar”. Não teria como dar certo.
Mas depois tentem fazer um exercício de observação, comparem
um comercial de margarina com o comercial de um banco, mas assista-os no mudo,
sem volume. Você com certeza vai acreditar que o Itaú ou o Bradesco estão
entrando com força no ramo dos laticínios. Sério!
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