A maioria da galera dessa foto já tá no cheque especial, hein...
Já falei anteriormente sobre essa festa toda que os
economistas fazem porque a tal da “classe C” aumentou nos últimos anos, mas
sempre esqueço de alguma coisa. E não poderia ser diferente eu esquecer alguma
coisa, ainda mais num texto. Pois bem, já não basta esse abrir de champagne por
parte dos economistas por ter mais gente consumindo, ainda temos a tal da
cereja do bolo, que é justamente vender a imagem de que a “classe C” está com
tudo. Agora somos personagens principais nas novelas, os ritmos musicais que
eram restritos aos “suburbanos” (ou aos “favelados”, aos “paraíbas”, e assim
por diante) agora tocam alto e grave nos altos-falantes da molecada criada a
leite com pêra e ovomaltino, as roupas, outrora bregas, custam os olhos da cara
e assim por diante. Como é fácil ver o “modus operandi” do capitalismo nessas
coisas, de inverter algumas coisas para que tudo, no final, funcione
normalmente.
É a tática de ditadores espertos: (fingir) ceder alguma
coisa para não perder seu poder. Ora, se agora o povão aparece na televisão, se
agora ser povão ta na moda, a ditadura do dinheiro pode muito bem continuar
explorando esse povão que nada vai acontecer. E é realmente isso que vem
acontecendo. Mal sabemos que não estamos dominando o mundo, como estávamos
imaginando, estamos dizendo “sim, senhor” tanto quanto antes, como sempre foi,
afinal.
Bobos somos nós. Enquanto não nos tirarem o direito de fazer
churrasquinho do fim de semana, nada faremos.
Ah, eles só esqueceram de um pequeno detalhe: de que não
temos dinheiro para pagar essa conta toda. Agora eles reclamam que metade
das pessoas está devendo na praça. Bem feito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário