Viver é
morrer, meu caro.
Quantas
células de nosso corpo morrem por segundo? Muitas. Temos os fios de cabelo, que
caem; As unhas, que são cortadas; Até mesmo o tomar banho é um pequeno
suicídio. Não que eu vá deixar de cortar as unhas ou de tomar banho (e espero
que ninguém assim o faça), mas essa dicotomia vida/morte nos é tão rotineira, que
nem nos damos conta que o morrer é praticado desde a nossa concepção.
Há muito
mais capítulos em nossa vida do que o ciclo “nascer, crescer, reproduzir,
envelhecer, morrer”. Há pequenas mortes incontáveis nesse ciclo: transformações, rupturas,
revoluções que matam o velho e se transformam no futuro velho, que morrerá um
dia, como seu período antecessor,
nada mais.
A vida, se
analisarmos friamente, é um coletivo de pequenas mortes.
Mas há vida
até na nossa morte derradeira.
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